Lastro – dentro do conceito da economia – representa a garantia tangível de um ativo que a princípio só tem valor por convenção. Por exemplo, até parte do século passado, o dinheiro era emitido conforme o “padrão-ouro”, ou seja, o valor da moeda estava diretamente associado a uma quantidade de ouro pré-definida, que o banco precisava dispor ao cliente, se ele solicitasse.
No mercado cripto, o lastro existe de forma diferente do modelo tradicional. Por exemplo, o BTC é minerado através do método Proof of Work (PoW) e, sabemos que o processo de mineração tem um custo real para ser executado, incluindo: máquinas, galpões, energia elétrica, etc. Sabendo também que o minerador recebe Bitcoins como pagamento pelas transações confirmadas por ele, supõe-se que ele não vá vender suas moedas por um valor abaixo do seu custo de mineração. Logo, esse valor pode ser considerado seu lastro, ou seja, o investimento que alguém mantém para que a moeda esteja em circulação, além de toda a lógica e matemática por trás do protocolo que adicionam valor ao ativo.
Entretanto, existem também algumas stablecoins que foram criadas vinculadas à uma moeda fiduciária (geralmente o dólar americano). Isso significa que esta moeda sempre terá a proporção 1:1, ou seja, 1 stablecoin, como Tether (USDT), por exemplo, terá sempre o valor igual ou muito parecido a 1 dólar. Neste caso, o lastro fica mais explícito.